O fio da meada eram as lembranças de Ernst Götsch sobre os hábitos alimentares de sua família na infância. Mas, junto com a recordação dos sabores e das variedades de inúmeras frutas, folhas, ervas e raízes, Ernst vai também desenrolando um novelo narrativo que revela muito sobre os hábitos, os valores e as práticas de antigas comunidades rurais, momentos antes de sua extinção deliberadamente impetrada pelas campanhas de difusão da chamada modernização da agricultura.
O contexto é o nordeste da Suíça, e as recordações são compostas tanto pelo que ele viveu pessoalmente quando criança como também pelos relatos daqueles com quem ele conviveu. Isso expande o alcance da memória por ao menos 2 ou 3 gerações e deixa pistas sobre uma paisagem e uma dinâmica das quais não temos mais exemplos hoje em dia. Um lugar e um tempo que vale a pena revisitar e, quem sabe, dele tirar algumas belas lições.
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