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Há 42 anos Ernst Götsch tem se dedicado à agricultura de processos. Seu trabalho tem influenciado agricultores e alunos mundo afora. O Campo de Formação é uma área em sua fazenda na Bahia que recebe estudantes de várias nacionalidades para aprender sobre a sistematização dos princípios por meio dos quais a natureza trabalha, desvendados pelo pesquisador a partir do que chamou de agricultura sintrópica. Todos os anos a propriedade Olhos D’Água recebe estagiários para o programa de formação.

Nesta passagem pela fazenda Olhos D’Água, no início do primeiro semestre de 2020, antes da pandemia de Covid-19, tivemos a oportunidade de acompanhar um pouco da rotina de Andrim Rieser, um jovem suíço que veio ao Brasil em busca dos conhecimentos aplicados por Ernst. A clareira aberta no meio da floresta é um laboratório e ao mesmo tempo a sala de aula para centenas de estudantes que aprendem como iniciar sistemas agroflorestais biodiversos. Assista a “Campo de Formação”, uma produção audiovisual independente realizada pelo Instituto Nova Era, Arica Cinematográfica, Agenda Götsch e Cepeas.

Em março de 2019, José Carlos (o Carlito), genro de Ernst Götsch, iniciou com seus filhos a construção da casa de madeira para Matilde, uma das filhas do agricultor e pesquisador. O projeto arquitetônico foi todo pensado e desenhado por Ernst. No início do primeiro semestre de 2020, antes da pandemia de Covid-19, a obra estava praticamente concluída, faltando apenas piso e encanamento. “Eu sempre projetei as construções da minha fazenda, nunca fiz nada assim para terceiros. Essa casa é a primeira, um projeto-piloto que pode ser um modelo de construção civil barato e sustentável, inserido dentro de um ecossistema natural”, ressalta Ernst.

Como na agricultura de processos, aqui os insumos externos também são quase zero. À exceção do cimento para o alicerce, prego e parafusos para fixar o madeiramento, tudo veio da floresta. Árvores que fornecem madeira para a construção civil são abundantes na fazenda Olhos D’Água. Podem ser manejadas e cortadas legalmente para esse fim sempre que uma nova área para plantio é aberta ou em função do cultivo e manejo da roça de cacau. “Construção Rural” é mais uma produção audiovisual inédita realizada pelo Agenda Götsch, pelo Instituto Nova Era e pelo Cepeas. Assista!

No início da década de 1980, Ernst Götsch doou uma gleba de terra à prefeitura de Piraí do Norte (Bahia) para lotear a área rural adquirida por ele e para “pacificar” o entorno da propriedade rural. Na época, o município baiano não cumpriu com a palavra e o local acabou ocupado por várias famílias da região. Anos mais tarde, Ernst fez uma nova doação de terra em comodato para três famílias. Os contratos de comodato estão registrados em cartório na cidade de Gandu. Este tipo de relação de parceria em que o agricultor cultiva a roça de cacau e ajuda a preservar o meio ambiente persiste até os dias de hoje. Os agricultores têm autonomia para negociar o cacau com o comprador que desejarem, além de ficar com todo o lucro da venda para suas famílias.

Em contrapartida mantêm a floresta em pé. O povoado de Massaranduba tem respeito e gratidão por “Seu Ernesto” – é assim que a maioria o chama. A relação de parceria e amizade entre ele e os cacauicultores perdura até hoje. Pelo menos sete famílias ainda mantêm este tipo de contrato em comodato para uso da terra e preservação ambiental. Quem lucra com tudo isso é a própria natureza! Os quase 500 hectares de Mata Atlântica, onde está a fazenda Olhos D’Água, foram recuperados em quatro décadas de muito trabalho e sintropia. Seu Ernesto é mais uma produção audiovisual inédita realizada em conjunto pelo Agenda Götsch, o Instituto Nova Era e o Cepeas. Acompanhe!

No primeiro semestre de 2020, Ernst Götsch iniciou na fazenda São Francisco, em Serra Grande, Bahia, a implantação do projeto de sistemas biodiversos em 70 hectares de pasto degradado. O objetivo é produzir cacau nos estratos baixos e diversificar os estratos médio, alto e emergente com açaí, pupunha, coco, jaca, entre outras espécies frutíferas. Esse trabalho é fruto de uma parceria com o Instituto Nova Era, organização da sociedade civil, com sede em Ribeirão Preto/SP, que visa regenerar florestas, recuperar o ecossistema natural desta região da costa cacaueira e “pagar dívida com o planeta”, como gosta de frisar o suíço de 72 anos.

Essa união entre o Agenda Götsch e o Instituto Nova Era prevê também a implantação do núcleo do Centro de Pesquisa em Agricultura Sintrópica, (CEPEAS “Mata Atlântica”), para que sejam desenvolvidas pesquisas e estudos científicos dos diversos modelos da agricultura de processos, bem como compartilhar os resultados com o maior número possível de agricultores. O CEPEAS é um sonho idealizado por Ernst, e fundado pelo biólogo e engenheiro agrônomo Fernando Rebello, aluno de Ernst há 24 anos. O projeto “Sistemas Biodiversos” da fazenda São Francisco é o primeiro material produzido conjuntamente nesta nova fase do Agenda Götsch, Instituto Nova Era e o CEPEAS. Acompanhe!

Ernst Götsch is the creator of syntropic agriculture, a practice that aims to harmonize human activities with the natural processes of life existing in each place. The technique is based on the natural succession and stratification of each species considering the life cycle and space of each living being. See about the life of Ernst Götsch, information about syntropic agriculture, events and upcoming courses. Visit: agendagotsch.com “We are not smart. We are part of an intelligent system” 

 E. Götsch

Agenda Gotsch continues its purpose to tell successful stories about real experiences. In this episode, we present a large-scale agroforestry experiment located in São Paulo, Brazil.

Uma mancha esverdeada se destaca na paisagem ondulada dos arredores de Poções, pequeno município no Semiárido baiano. Ali, a profusão de cactos, suculentas e árvores da Caatinga contrasta com a pastagem degradada e os solos nus do entorno. O responsável pelo "oásis" é o engenheiro aposentado Nelson Araújo Filho, de 66 anos. Sentado na sombra de um umbuzeiro, Araújo conta que por muitos anos aquela área, que pertence a seu pai, abrigou roças de milho e aipim. Depois, virou pasto para gado. Mas os anos de uso intensivo esgotaram o solo e o deixaram em vias de virar deserto — fenômeno que atinge cerca de 13% das terras do Semiárido brasileiro, segundo o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas. Araújo começou a reverter o processo há três anos com a implantação de um sistema agroflorestal em 1,8 hectare, área equivalente a dois campos de futebol. O método, que tem sido adotado em várias regiões brasileiras e do mundo, se espelha no funcionamento dos ecossistemas originais de cada região. Araújo é "aluno" do suíço Ernst Gotsch, que migrou para o Brasil nos anos 1980 e é um dos principais difusores dos sistemas agroflorestais no Brasil. Ele transformou sua propriedade de 500 hectares em Piraí do Norte (BA), antes muito degradada, em um exemplo de recuperação, levando muitas pessoas e até empresas multinacionais a procurarem Gotsch para ajudá-las em seus plantios. Neste vídeo, nosso repórter João Fellet foi encontrar ambos no semiárido para mostrar como, nas palavras de Gotsch, é possível introduzir florestas e "plantar água" em terras em processo de desertificação. Confira.

Farm Rebellion – Benedikt Bösel era banqueiro de investimentos, mas a crise financeira chegou e, com ela, a busca por um propósito. Hoje, é agricultor e o líder visionário de uma equipe de jovens que está testando um tipo de agricultura novo e radical na luta contra a mudança climática. Ao lado de especialistas como Auma Obama, do Quênia, Jean-Martin Fortier, do Canadá, e Ernst Götsch, do Brasil, a mudança precisa acontecer. Junto com sua equipe e sua esposa Tess Ward, Benedikt quer provar que seus experimentos regenerativos podem ser um modelo a ser replicado no mundo inteiro. Paula, que quer mudar de carreira, vê na fazenda a oportunidade de uma vida diferente. Já para José e Lea, esse é o primeiro passo rumo à construção da própria fazenda no Chile. É o começo de um ano árduo de luta contra a seca e os limites pessoais para Benedikt e sua equipe.

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